O melhor presente de fim de ano.

O melhor presente que eu poderia ganhar não é algo que o dinheiro possa comprar. Não é engarrafado, empacotado ou embrulhado. Não tem lados nem dimensões. É algo que somente aqueles que te fazem sentir-se acolhido podem dar: conforto.

É diferente que um sofá fofo, um colchão macio. "Conforto" é quando você fala o que quiser, quando quiser, pra quem quiser, e está tudo certo. É quando você pode mandar alguém calar a boca e falar as piores coisas do mundo, mas logo depois pode se desculpar sem mágoas ou constrangimento.

"Conforto" é raro de se encontrar. Só existe ainda nas famílias mais unidas. As quais pode ter alguém morando em Chapecó, Palmitos, Anta Gorda, Joinville, Itapema, Curitiba, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maceió, Foz do Iguaçu e na Finlândia, mas a ligação que as une é mais forte que tudo. Somente nessas famílias, por mais geograficamente distantes os membros estão, você pode dizer: são a minha casa.

E cada vez a família cresce mais. Mas ao mesmo tempo, ela se quebra aos poucos. Mudanças, viagens... Quando se vê, a conta de telefone está mais cara, você não percebe o quantos seus primos cresceram. Mas ainda assim, são um só. Quando um sofre, os outros não sofrem; empurram, ajudam, fazem de tudo para esse "um" se sentir melhor.

É para essa família, que muitos eu não conheço, que eu desejo um excelente 2008. Porque todos e cada um de nós, Scapinello's e Valdameri's, merecemos.