Música nacional... Ou seria barulho?

[Notas: 1) Haveria um post sobre teorias hoje, mas a minha indignação é tanta que ela foi adiada para Deus-sabe-quando. 2) Não cito nomes para não complicações futuras. 3) Sim, eu tenho certeza de que ninguém lê isso, mas daqui 20 anos eu voltarei à este blog para ler. 4) As atualizações não serão diárias, salvo motivos importantes, que rendam dois posts.]

(Texto feito às pressas, sem devida correção. Por favor, desconcidere erros, mais tarde ou arrumo. Ou não.)



Hoje foi o cúmulo. Ao sair de mais uma emocionante prova fomos à Palladium. Right-right, estava no meu território. Ou pensava que estava. Mas depois toco nesse ponto.

Certo, gastamos alguns minutos na frente da prateleira com CDs internacionais. Após algumas ahnn... "surpresas" [Afinal, você esperaria ver um cd de trilha sonora de Mortal Combat?], as nossas amiguinhas foram ouvir os cê-dê-s escolhidos à dedo [E devo dizer que ambas têm um excelentíssimo gosto musical] e a-louca-por-mutantes-e/ou-música-nacional-exceto-calypso e sua escudeira-louca-que-vos-fala-que-delirava-apenas-de-ver-Coldplay foram ver os nacionais.

É. Agora que entra a parte que eu dizia acima. Foi um ataque cardíaco após o outro.

Pega o CD do NxZero [E que fique claro, eu não gosto dessa "música"] e vê que atrás dele tem um com capa de um couro cabeludo. Perde a piada. Ataque de risos.

Vira para a prateleira de trás e vê nada menos do que 6 fileiras de Calypso: "100% Calypso, Calypso pelo Brasil, as 20+ do Calypso", cada título com uma fileira de pelo menos 15 CDs. Depois de ficar surpresa em saber que a banda tinha 20 músicas, nos retiramos da loja, deixando as nossas amiguinhas sem o desgosto de ter visto aquilo, e volto para casa.

E cá estou, relantando essa história. Posso estar fazendo tempestade em copo d'água, e acredito que estou, mas TENHO que expressar minha decepção. Quero dizer, enquanto à nossa direita há música, à nossa esquerda há... emo-misturado-com-axé-com-algumas-batidas-de-rap-e-com-letras-chulas-como-as-do-funk?

Não pensem que estou fazendo uma crítica à "diversidade cultural" do Brasil. Apesar de que eu não goste nem um pouco dele, eu respeito. Mas convenhamos, até a mais brasileira das pessoas não agüenta ver na mesma prateleira Latino na Pista REMIXES, Calypso, NxZero, Elba Ramalho, o-diabo-a-quatro. Isso pra mim é pegar maçã, laranja, melancia, uva, leite e água e misturar. Uma gororoba auditiva, a.k.a barulho.

Sério, a música foi um bom ponto antigamente. E quiçá é também atualmente [vide nova safra de bandas sulistas]. O que eu penso é se, realmente, todos têm essa oportunidade de ver, digo, ouvir essas bandas. É mais fácil alguém estar com a letra da nova música do CPM na ponta da língua à saber o que é Bidê ou Balde.


Agora me dêem licença que eu vou escutar Kelly Key.


Ps: Quem ler tudo ganha uma bala!